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Carol Bernardo

Algo que me contaram e eu nunca esqueci - um fato biológico


Foto de Priscilla Du Preez 🇨🇦 na Unsplash

Continuando o exercício de 30 dias de escrita, segundo sugestão do Pinterest, o exercício é escrever sobre algo que me contaram e eu nunca me esqueci. 


Gente, mais um desafio para quem esquece onde colocou a chave do carro, o celular, o que eu comi ontem… Mas, se encarei o desafio, vamos lá!


Engraçado que, apesar de eu ter uma memória fluida e seletiva, eu me lembro de muita coisa que eu aprendi durante minha graduação, mestrado e doutorado. 


Durante meu mestrado, eu participei de dois congressos internacionais. O meu primeiro congresso internacional, da vida, foi no ano de 2005, durante o primeiro ano de mestrado. Ele foi em Utah, em um resort de esqui. Mas, como era no verão, não estava nevando, mas os picos mais altos tinham neve. Foi a primeira vez que eu vi e senti a neve. Foi a primeira vez de várias coisas, na verdade.


Foi a minha primeira vez viajando "sozinha" para o exterior, somente com meus amigos de mestrado. Foi a primeira vez que eu pise nos EUA. Foi a minha primeira apresentação, de pôster em inglês. Foi a primeira vez indo a Nova Iorque, pois conseguimos partilhar a passagem de ida para 2 locais nos EUA. Então, antes de irmos para Utah, fomos conhecer NY. Foi tudo MUITO MARA! Depois conto mais dessa viagem para NY, se quiserem. 


Bom, eu fiquei encantada com o Congresso, pois ele era gigante! Era um congresso da Animal Behavior Society (Sociedade de comportamento animal) e reunia vários pesquisadores que líamos durante a disciplina de comportamento animal e durante meu mestrado. Então, eu me senti num festival de rock, sendo groupie dos roqueiros, só que no lugar dos roqueiros, eram cientistas em comportamento animal. 


Tinham tantas palestras acontecendo ao mesmo tempo, de diversos temas; vários livros interessantes sendo vendidos (comprei vários, inclusive); um monte de coisas legal para ver… ficou difícil escolher. Mas, uma palestra nos chamou atenção: a palestra sobre um esquilo do deserto, na África (Xerus inauris), que consegue se masturbar com a boca! Sim, é isso mesmo que você leu. 


Foto de Dušan veverkolog na Unsplash

Gente, a palestra foi hilária! A pesquisadora, era maravilhosa! E o estudo então, nem se fala! Porque, óbvio que, em um breve momento, ela fez a piadinha do paralelo entre os esquilos conseguirem um boquete a qualquer momento, apenas se dobrando, e os humanos não. Mas enfim… Isso é uma coisa que eu NUNCA me esqueci! E ela mostrou foto, gente. Então, a imagem nunca saiu da minha cabeça! 😅


Mas, Carol, porque os bichinhos se masturbam com a boca? Bom, isso era o que ela estava estudando. As hipóteses eram de que eles se masturbam para: 1) por prazer mesmo; 2) para trocarem o espemar "velho" para um "novo" logo antes da cópula. No entanto, essas hipóteses não foram sustentadas, então a teoria é que eles "se limpam" no pós-cópula, para evitar doenças sexualmente transmissíveis (dsts). Segundo a pesquisadora: "Esquilos fêmeas chegam a copular com até 10 machos num período de três horas. Ao se masturbarem após a cópula, os machos podem reduzir a chance de se contaminarem com DSTs, que afetam profundamente a fertilidade" (Fonte: Superinteressante e PlosOne). Além de ter uma relação também com competição espermática, mas acho que você ainda não estão prontos para essa conversa! 🤓


Legal, né? Por isso eu AMO tanto a Biologia e o fato de ter estudado Comportamento Animal. É simplesmente maravilhoso! 🤩


Bom, apesar de esse estudo não ter sido contado diretamente para mim, pois eu assisti a palestra sobre o estudo, eu nunca mais me esqueci! 


E você, tem algo que já te contaram que você nunca esqueceu? Me conte nos comentários! 😉



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