Uma jovem senhora de 64 anos, diferentona.
Sociável, após alguns encontros e desencontros.
Tortuosa, com suas tesourinhas, mas também reta e direta, com seus eixos e agulhinhas.
Possuidora de um céu de tirar o fôlego, cuja beleza inspirou músicas, poemas e sonetos.
Com um dialeto próprio, que só os brasilienses entendem, né véi?
Camelo, pardal, zebrinha significam não apenas animais por aqui. Faz parte da cultura brasiliense.
Cresceu já diferente e com diferenças. Planejada, porém expandida desigualmente.
Bela no outono e no inverno, porém árida.
Chora na primavera e no verão, nos deixando, por muitas vezes, na mão.
Dona de uma arquitetura inigualável, com concretos tortos, suspensos e cobogós.
Linda e majestosa, apesar de ser sede do poder.
Incrustada no Planalto Central, no Cerrado brasileiro, exala riqueza.
E assim, se mantém viva, pulsante, bela e, às vezes, incompreendida.
Parabéns, Brasília, sua linda.
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