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Carol Bernardo

Brasília, sua linda!



Eu, tentando alcançar a perfeição.


Uma jovem senhora de 64 anos, diferentona. 


Sociável, após alguns encontros e desencontros.


Tortuosa, com suas tesourinhas, mas também reta e direta, com seus eixos e agulhinhas.


Possuidora de um céu de tirar o fôlego, cuja beleza inspirou músicas, poemas e sonetos.


Com um dialeto próprio, que só os brasilienses entendem, né véi?


Camelo, pardal, zebrinha significam não apenas animais por aqui. Faz parte da cultura brasiliense.


Cresceu já diferente e com diferenças. Planejada, porém expandida desigualmente.


Bela no outono e no inverno, porém árida. 


Chora na primavera e no verão, nos deixando, por muitas vezes, na mão. 


Dona de uma arquitetura inigualável, com concretos tortos, suspensos e cobogós.


Linda e majestosa, apesar de ser sede do poder. 


Incrustada no Planalto Central, no Cerrado brasileiro, exala riqueza.


E assim, se mantém viva, pulsante, bela e, às vezes, incompreendida.


Parabéns, Brasília, sua linda. 



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