O trabalho na área ambiental
- Carol Bernardo
- 15 de jan.
- 3 min de leitura

Publiquei o seguinte post no LinkedIn:
"Uma das coisas que me frustra muito na área ambiental é (além de ser desafiador conseguir emprego, porque ou você é super qualificada ou é pouco qualificada, nunca é o qualificada o suficiente para assumir o cargo e aprender nele) a falta de ação frente aos conhecimentos produzidos.
Porque é muito louco imaginar que os cientistas estão avisando, há anos, o que estamos vivenciando hoje. E, mesmo sabendo disso, pouco foi feito a respeito.
Sei que tem muito negacionismo científico, mas temos também pouca conexão, capacidade de convencimento e de disseminação das informações científicas para além muros das instituições de pesquisa e universidades.
E aos que ousam extrapolar esta barreira, que é o meu caso, enfrentamos muitos desafios. Porque é uma corrida solitária e na maioria das vezes pouco reconhecida, tanto no meio científico/acadêmico quanto no meio político.
Fico pensando qual cargo precisa ser criado para que consigamos suprir esta lacuna?
O que você acha sobre isso?"
Eu tive 4.521 impressões!! Muito mais de que eu esperava! Fiquei genuinamente surpreendida! Vi que a minha percepção não é só minha, mas também compartilhada com muitos colegas e profissionais da área.
Fiquei pensando em como eu posso ajudar nesse processo de formação, dentro da área ambiental, sem necessariamente ser por meio de um novo curso acadêmico, uma especialização, um mestrado ou doutorado. Daí, eu decidi dar minicursos sobre instrumentos econômicos de políticas ambientais.

Primeiro, o que são instrumentos econômicos?
Temos a instituição chamada "mercado", que às vezes (quase sempre), não funciona no seu ótimo, ou seja, falha. As chamadas falhas de mercado, são algumas e tenho certeza que quem estuda economia do meio ambiente ou já estudou, já ouviu falar em externalidades. Pois bem! Externalidade é uma das falhas de mercado existente.
Numa tentativa de consertar/corrigir o que está falhando no mercado, temos o governo. Para tentar melhorar/consertar o mercado, o governo se utiliza de instrumentos, que chamamos de instrumentos de políticas pública, que são colocadas na forma de Leis e Decretos.
Dentro da política ambiental, temos então os instrumentos de política ambiental. Dentre esses instrumentos, temos o zoneamento ambiental, o pagamentos por serviços ambientais, o mercado de carbono etc...
E, devido às demandas crescentes quanto a atualização de políticas ambientais, como consequência das alterações climáticas, percebo que é essencial entendermos como cada um desses instrumentos de política funcionam e como podemos aplicá-los e utilizá-los. Até mesmo para se construir regulamentos de políticas ainda não existentes, como é o caso da Política Nacional de PSA e a atual política do mercado de carbono.
Por isso, na primeira semana de fevereiro deste ano, abrirei vagas para a primeira turma sobre o instrumento de política PSA - Pagamentos por Serviços Ambientais.
Para saber mais sobre este e outros minicursos, você pode deixar seu melhor e-mail, ao baixar, gratuitamente, o ebook "O bê-a-bá da Economia do Meio Ambiente", que é um assunto introdutório e necessário para entendermos melhor os instrumentos de política ambiental.
Aproveito também para indicar o episódio #2 do Ambienta Podcast, em que entrevistei o professor Doutor Jorge Madeira Nogueira (meu orientador de doutorado) sobre a diferença entre mercado de carbono e PSA, em junho de 2024.
Espero que leiam o ebook e curtam o episódio!
Depois contem nos comentários o que acharam!
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